Moro pode ser condenado a 10 anos por vídeo de reunião ministerial sem provas - Denúncia política

O lado oculto da política

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Moro pode ser condenado a 10 anos por vídeo de reunião ministerial sem provas




O vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril pode acabar prejudicando o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, por não provar suas acusações de uma suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal (PF), informa a revista Veja.

O Supremo Tribunal Federal (STF) acatou o pedido de Moro para a divulgação do vídeo e não provou nenhuma interferência de Bolsonaro na instituição. O presidente ainda acabou sendo prejudicado e foi impedido pela Corte de nomear Alexandre Ramagem para o comando da PF.

Apesar das acusações do ex-ministro, elas não produziram até agora uma prova contundente a ponto de esclarecer se, de fato, Bolsonaro cometeu alguma irregularidade, como sugeria Moro.

Logo que o ex-ministro da Justiça pediu demissão, a PGR decidiu abrir uma investigação para apurar as acusações contra o presidente.

Segundo a revista, Moro disse para amigos estar convencido de que a apuração será concluída pelo procurador-geral Augusto Aras sem fazer imputação alguma a Bolsonaro e que há boa probabilidade de ele passar de acusador a acusado. Isso porque, ao instaurar o inquérito, o PGR determinou que, além da tentativa de interferência, fosse apurada a eventual ocorrência de crime contra a honra e de denunciação caluniosa contra o presidente por parte do ex-ministro, cujas penas, somadas em caso de condenação, podem chegar a até dez anos de prisão.

“Ele era o ministro da Justiça e devia ter mais responsabilidade sobre o que estava dizendo contra o presidente”, afirmou a VEJA um auxiliar de Aras, revelando a disposição da PGR.

A investigação está na fase de diligências. Já foram ouvidos o ex-ministro, outros ministros, funcionários do Planalto e delegados. Uma das últimas etapas antes de a Polícia Federal concluir o trabalho é tomar o depoimento do próprio presidente. Depois disso, Aras decidirá se apresenta denúncia contra Bolsonaro, Moro ou nenhum dos dois.

As duas últimas hipóteses são as mais prováveis.
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