Governador do DF articula a queda de Sérgio Moro - Denúncia política

O lado oculto da política

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Governador do DF articula a queda de Sérgio Moro



O governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) está articulando entre aliados a queda do ministro da Justiça Sérgio Moro. As investidas têm um objetivo: acabar com a caça ao crime organizado, incluindo corrupção e lavagem de dinheiro.

Se Ibaneis não conseguir derrubar Moro, vai forçar ao menos uma situação para que o ministro se demita.



A trama inclui a transferência do Coaf para o Ministério da Economia e a perda de poderes sobre a Polícia Federal, que sairia da alçada de Moro a partir de uma suposta recriação do Ministério da Segurança Pública.

Ibaneis é advogado por formação. Moro é juiz por qualificação. Ibaneis foi eleito (embora hoje o povo de Brasília o apelide de ‘Enganeis’) e Moro ingressou na magistratura por concurso público.



Os dois são desafetos desde o início do ano, quando Ibaneis começou a atacar Moro. A primeira desavença veio com a transferência, para um presídio de segurança máxima de Brasília, do líder do PCC Marcola.

Ibaneis não gostou da ideia e acusou Moro de ser um despreparado, uma vez que, considerou o governador, abrigar Marcola em uma cela na capital da República colocaria em risco os mais altos poderes da República.

Moro deu o troco. Sugeriu a Ibaneis que estava na hora de o governador cuidar dos bandidos de Brasília, sem, contudo, especificar qual a área de atuação desses bandidos. Ibaneis perdeu a briga e Marcola continua trancafiado em um presídio federal da cidade.



O segundo confronto veio com a autorização de Sérgio Moro de mandar a Força Nacional garantir a segurança na Esplanada dos Ministérios e Praça dos Três Poderes. Ibaneis condenou a decisão, que classificou como uma intervenção branca na segurança pública de Brasília.

A decisão de colocar a Força Nacional nas ruas foi de Moro, mas a ordem partiu do Palácio do Planalto. Mais precisamente do general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Ibaneis, de novo, engoliu seco. Agora ele incentiva seus aliados no Congresso Nacional a baterem na tecla para tirar o Coaf da tutela de Sérgio Moro.



O Coaf é o órgão responsável por detectar sinais de corrupção e lavagem de dinheiro. Moro, linha dura, não abre mão do controle do órgão, uma espécie de braço-direito da força-tarefa da Operação Lava Jato.

O MDB, partido de Ibaneis Rocha, é um verdadeiro celeiro de corrupção. Suas principais figuras são investigadas ou já foram condenadas e estão presas, denunciadas por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Moro assumiu o Ministério da Justiça e Segurança Pública com carta branca do presidente Jair Bolsonaro. Nessa queda-de-braço não se sabe até onde Ibaneis teria forças para lançar mão de um baralho diferente.
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